Ônibus
Eles não se viam há anos. Ela tinha se mudado de
bairro e ele perdeu o telefone dela. Foram se
reencontrar anos depois dentro de um ônibus lotado.
Quando se deram conta, estavam espremidos um
contra o outro. A conversa foi cheia de lacunas de
silêncio. Parecia que um estava envergonhado de ver
o outro. Mas a verdade é que depois de tantos anos
não sabiam exatamente o que dizer. Ambos tinham
planejado, anos antes, o que diriam um ao outro se se
encontrassem. Porém, como nem tudo ocorre como
se planeja, nada foi dito e ela desceu no ponto dela.
Nunca mais se encontraram depois disso.
bairro e ele perdeu o telefone dela. Foram se
reencontrar anos depois dentro de um ônibus lotado.
Quando se deram conta, estavam espremidos um
contra o outro. A conversa foi cheia de lacunas de
silêncio. Parecia que um estava envergonhado de ver
o outro. Mas a verdade é que depois de tantos anos
não sabiam exatamente o que dizer. Ambos tinham
planejado, anos antes, o que diriam um ao outro se se
encontrassem. Porém, como nem tudo ocorre como
se planeja, nada foi dito e ela desceu no ponto dela.
Nunca mais se encontraram depois disso.
Publicado no caderno literário de junho da editora Pragmatha
5 Comments:
"Porém, como nem tudo ocorre como
se planeja (...)"
Esse é o problema de planejar as coisas.
Essa parte foi inspirado no que vc me disse na confeitaria Colombo :p
Agradeça a esse rapaz aqui:
http://literatureart.files.wordpress.com/2009/07/jorge-luis-borges-5.jpg
Este texto saiu mais curtinho que os outros :-)
É que a revista eletrônica que eu enviei tem limite de caracteres no texto :(
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